Este mês a minha convidada é a Directora Executiva e Fundadora da International School of Protocol and Diplomacy Network, Inês Pires Urquiza (IPU). Como habitual, a entrevistada irá responder a 05 perguntas, no caso:
BdP - O que a motivou a dedicar a sua vida a esta área?
IPU - A minha visão de vida centra-se na construção de um melhor diálogo internacional e a aproximação das diferentes gentes e a minha missão pessoal é transformar conceitos em instrumentos de uso diário. O Protocolo, a Diplomacia e a comunicação internacional são na minha óptica as chaves desse diálogo e aproximação.
BdP - Quais são para si os maiores desafios que os profissionais da área irão encontrar no século XXI?
IPU - A falta de aceitação de critérios e diferentes perspectivas. Pois aliás são ainda os grandes desafios do mundo em qualquer conflito numa escala global, ou em qualquer profissão numa escala mais pessoal.
BdP - É Directora Executiva e Fundadora da International School of Protocol and Diplomacy e da BDB - Bringing Down Borders (Cross Cultural Intelligence Agency). Em que sentido acha que ambas as instituições poderão ajudar os profissionais que já estão no mercado de trabalho e/ou os jovens que nele irão ingressar?
IPU - Ambos projectos, e note-se que todas as instituições, empresas, associações são projectos em movimento e não estáticos, focam a sua atitude principal no desenvolvimento educativo das novas e desafiantes competências do futuro mercado de trabalho. Centram-se em colmatar carências dos actuais cursos de políticas e relações internacionais bem como na introdução de ferramentas que criam confiança e profissionalismo adaptado as necessidades reais dos dias de hoje. Sabendo que a ISPD é uma Instituição sem fins lucrativos desenvolve a sua missão à volta da educação e investigação e a BDB na consultoria e produção de resultados. Ambas com produtos "Premium" e exclusivos, reforçados pelos seus quadros e especialistas em cada área.
BdP - Recordo-me da intervenção que fez nas IV JIP - Jornadas Internacionais de Protocolo, organizadas anualmente pela APEP (Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo), onde falou sobre um evento, complexo mas bastante interessante, que organizou em Hong Kong (Natal de Preston Bailey). O que mais a motiva quando organiza um evento?
IPU - O que motiva em qualquer projecto, evento ou acção são as pessoas. Sempre serão as pessoas. Porque um Evento não é uma ferramenta egoísta, de mérito ou fechada para nós...é humilde, como um presente para os outros.
BdP - Tive a oportunidade de ler a sua biografia e na mesma indica que viveu em 06 países e fez pesquisa em mais de 35. Em que sentido todas estas experiências foram importantes e traçaram o seu percurso profissional e a sua forma de estar na vida?
IPU - Desde a minha juventude que não queria ter uma profissão, não queria ter um emprego, não queria ter uma vida dividida entre o trabalho e casa, a casa e o trabalho. Não queria ter uma agenda de férias, e outra de viagem e outra de saídas com amigos. Quis sempre uma vida desafiante na sua essência, uma vida interessante. Uma integração pessoal e profissional na paixão do dia a dia e na construção do mesmo. Com isto quero dizer, que qualquer experiência pessoal é alimento da profissão e qualquer sucesso ou erro profissional é aprendizagem pessoal. Sou consciente da dificuldade desta forma de vida. Mas faz parte do meu entendimento e definição de ser pessoa. Qualquer detalhe, qualquer viagem, qualquer pessoa, qualquer língua, qualquer experiência é integrante do global e parte da minha filosofia de vida: Pessoal e Profissional.
O BdP gostaria de agradecer o seu precioso contributo e desejar-lhe as melhores felicidades e sucessos.
Saudações Protocolares,
Diogo Marques dos Santos
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